22 de abr. de 2011

A Paixão de Cristo (Gravataí)


Quando um ótimo espetáculo é motivo de vergonha para os governantes de uma cidade

 
Parece contraditório, mas não é. O povo da cidade de Gravataí não tem que se orgulhar do excelente espetáculo A Paixão de Cristo, mas se envergonhar, ao contrário do que disse o Diretor Presidente da Fundação Municipal de Arte Cultura, Sr. Amon da Costa, ontem ao final da última apresentação do ano. Em 1999, quando a Prefeitura Municipal, através da FUNDARC, garantiu a primeira produção da peça pela Cia. De Atores Independentes, “A Paixão de Cristo” era o primeiro espetáculo profissional produzido na história da cidade (nove anos mais velha que Porto Alegre). Hoje, na Páscoa de 2011, é o único espetáculo teatral (quem dera só profissional). Eis o motivo da vergonha.

A produção conta com 67 atores, figurinistas, cenógrafos, iluminadores, técnicos de áudio, projecionistas, cinegrafistas, profissionais de segurança, divulgadores, maquiadores, cabelereiros, coreógrafos e, o mais importante, cachês para movimentar todo esse grupo. O resultado não poderia ser outro: para o deleite de seis mil espectadores em três dias (número divulgado pelo referido Diretor-Presidente), um grande espetáculo com grandes interpretações, cenas bastante bem desenvolvidas, apelo visual, vibração. O diretor e dramaturgo Daniel Assunção, com maestria, leva a público um espetáculo que agrada grandes e pequenos, jovens e velhos, mais e menos intelectualizados. As cenas de luta do bem (branco) contra o mal (preto) atendem a uma parcela da audiência que não perde cada detalhe da coreografia de Saionara Sosa. O discurso socialista/comunista de Jesus no julgamento é direcionado a quem, de forma consciente, discute política, acompanha os movimentos sociais e viu o desaparecimento total da fraca e desorganizada oposição ao Partido dos Trabalhadores, esse, nos últimos quatorze anos, na liderança do governo da Cidade. Em 1999, no terceiro ano da administração do PT, Jesus puxava a orelha dos ex-prefeitos por não ter feito nas décadas anteriores o que Daniel Bordignon, prefeito então, havia feito em vinte e seis meses. Em 2011, as palavras soam irônicas, como também assim parecem os caros, bonitos e eficientes outdoors de divulgação do espetáculo espalhados pela cidade, o ritmo perfeito da sincronia dos diálogos ditos em cena, mas escutados pelo imenso público via playback, e a marcada movimentação do grande elenco pelo espaço e pelo suceder das cenas organizadas num misto de palco italiano com galeria, que impressiona ainda mais o público nas cenas da Santa Ceia e da Via Sacra. Tudo isso agrada artificialmente, mas incomoda quem lembra que, após o Domingo de Páscoa, vem uma segunda-feira qualquer. Para onde vão todos esses artistas quando findar a Semana Santa?

No elenco, vários rostos conhecidos. Artistas órfãos do Festival de Teatro Estudantil, do Festival Estadual e Municipal de Esquetes, do Prêmio de Incentivo à Cultura Cênica, das Oficinas da Descentralização, do Cine-Teatro Municipal, fechado há três anos. Há uma década, reclamávamos da ausência de política cultural cênica verdadeira que substituísse um cronograma de festivais e eventos que não estimulavam o desenvolvimento da arte cênica como processo e só valorizava o produto. O discurso era contra meses de ensaio para espetáculos que só se apresentavam em festivais e não cumpriam temporada por falta de espaço, de apoio e de incentivo, à guisa de eventos como o Rodeio do Mercosul e o Carnaval que, embora não precisassem de apoio público por sua capacidade de viabilização pelo setor privado, roubavam grossas fatias da verba anual da cultura. Hoje, a cidade se envergonha pelo total desmantelamento de todos os projetos culturais. Em termos de Artes Cênicas, meu assunto aqui, que o Deputado Estadual Daniel Bordignon e Sérgio Stasinski (ex-prefeitos petistas), mas principalmente Rita Sanco (a atual prefeita petista) se envergonhe porque as duas únicas iniciativas nesse sentido são do SESC (Serviço Social do Comércio, entidade mantida por empresários do comércio de bens e serviços) e do Grupo Vivências, o Grupo de Teatro da Terceira Idade que mais se apresenta no Estado há dezesseis anos e que, inacreditavelmente, precisa se ajoelhar para conseguir, lá de vez em quando, um ônibus que leve as senhoras atrizes (algumas com mais de setenta anos) para alguma apresentação mais distante. De forma individual, com produções esparsas e modestas, o ator Paulo Adriane e o professor Flávio de Ávila são os últimos remanescentes de um movimento artístico que, organizado em até mesmo uma Associação de Artistas Cênicos de Gravataí, viu um novo milênio nascer dividido em dez grupos locais atuantes e comprometidos, mas que, ao final da primeira década do mesmo milênio, não tem, que absurdo, alguém que responda pela pasta da Coordenação de Artes Cênicas. Sem dúvida, a conclusão é uma só: no seu quarto mandato consecutivo, sabemos que o PT é o pior inimigo de si mesmo.

Como aconteceu em Porto Alegre, e eu realmente espero que não aconteça no Brasil, quando o Partido dos Trabalhadores pega gosto pela governança, os problemas se multiplicam. O melhor secretário de educação que Gravataí já teve (Valter Amaral) é substituído por uma inexperiente diretora de escola (Romi Leffa Cardoso) por ser da mesma facção partidária do prefeito (Daniel Bordignon). Vice-prefeitos (Sérgio Stasinski) surgem do nada e se tornam prefeitos, conselheiros e chefes de gabinete sem nenhuma ideologia passam a dar ordens, a Fundação Municipal de Arte e Cultura passa a ser presidida por filhos de apoiadores políticos, sem qualquer outro motivo para o cargo (Daledier Ferreira, ex-diretor, é filho da vereadora Tania Ferreira. Amon Costa, o atual diretor, é filho de Rose Mary Freitas da Silva, coordenadora regional da 28ª CRE). Competência fica em terceiro plano quando o primeiro é manutenção do poder político a qualquer preço. O caos se instala numa administração em que tudo vale, menos deixar de brilhar a estrela. Gravataí que, da noite para o dia, se tornou capital das Bromélias (sem nunca ninguém ter visto uma bromélia que seja até esse dia), pode estar de parabéns pelos três dias de apresentação do valoroso espetáculo A Paixão de Cristo. Mas há que enrubescer pelo fato de que, nesses onze anos, desde a primeira edição da peça até agora, o seu sucesso artístico e social não se repita horizontal (nas várias regiões da cidade) e verticalmente (nos doze meses de cada ano) para a população que paga altíssimos impostos, a passagem de ônibus mais cara da região metropolitana e sustenta o título de uma das cidades mais violentas do estado.

Aos artistas cênicos de Gravataí, fica a lembrança dos primeiros anos da década de 90. Ainda sem GM e com o José Mota (PDT) e Edir Oliveira (PMDB) no governo, à população da cidade tinha encontros estaduais de coral, uma orquestra de câmara, meia dúzia de grupos de teatro e oficinas gratuitas. Quem viveu naquela época nunca imaginou que, um dia, saudades seriam sentidas.

*

Ficha técnica:

Texto e direção: Daniel Assunção
Assistentes de direção: Glau Barros e Vitor Santantônio
Direção e concepção musical: Everton Rodrigues
Coreografia: Saionara Sosa
Cenografia e acessórios: Israel Quadros
Figurino: Glau Barros e Scheila Gomes
Assistentes de figurino:Luana Zinn, Patricia Maciel e Patricia Martins
Caracterização: Elario Kasper
Maquiagem: Daniel Borges e equipe
Criação e operação de luz: Anilton Souza
Operação de som: Luciano Mazzin
Gravação: Estúdio Mídia
Assessoria de imprensa: Sivia Abreu Comunicação e Marketing
Locução: Claudio Benevenga e Glau Barros
Produção executiva: Libra Produções
Direção e coordenação geral: Paulo Adriane

ELENCO

Jesus...........Paulo Adriane
Maria...........Miriam Benigna
Pilatos.........Pablo Capalonga
Zebedeu.......Wagner Padilha
Madalena.....Marlise Dami
Lúcifer..........Vanessa Greff
Barrabás......Silvio Ramão
Verônica.......Edel Ramos
Lázaro..........Diou Santiago
Marta........... Karine Rocha
Cega............Scheila Gomes
Vera.............Lissa Medeiros
Raquel..........Mariele Moraes
Solista..........Márcia Campos

APÓSTOLOS
Judas............Vitor Santantônio
Pedro............Alexandre Malta
André............Fabiano Hanauer
Mateus..........Diego Farias
Bartolomeu....Henrique Guedez
Tiago maior....Marcello Lukas
Tomé.............Juliano Cardoso
Felipe........... Robson Souza
Tadeu............Dilnei de Jesus
Simão............Ney Marques
Tiago menor...Raonis Jardim
João..............Douglas Cruz

GUARDAS
Evandro Fernandes, Juliano Bitencourt, Rodrigo Neto e Sharlon Gusmão

ESPECTROS
Drica Nunes, Kaleb Borges, Líria Freitas e Rodrigo Müller

ANJOS/DANÇA
Celícia Santos, Jéssica Karasek, Mariana Ceccon e Tais dos Santos

SINEDRISTAS
Cássio Quadros, Fernando Michel, João Wagner, Rose Luz, Tom Padilha e Vanessa Cassali

POVO
Aline Rosa, Cris Clezar, Esmélia Rodrigues, Eugenia Ferreira, Felipe Jardim, Jakinha Santarém, Laura dos Santos, Leni Borges, Paula Thainá e Raquel Reck

CRIANÇAS
Gabriela Monteiro, Giulia Assunção, Hanna Clezar, Jean Clezar, Maria Luiza Daitx, Pedro e Téo Almeida

36 Comentários:

Amon disse...
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Amon disse...
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Rodrigo Monteiro disse...

Amon,

Além de elogios no primeiro e no penúltimo parágrafo, a análise crítica está mais prsente no segundo. Não é lá muita informação, é verdade, mas este blog se destina a críticas de espetáculos gaúchos que se apresentam em Porto Alegre. Mas fiquei tão chateado ao saber que NADA mais acontece em Gravataí que tive que me manifestar.

E, agora, me decepciono ainda mais. Nem mesmo ideologia você parece saber o que significa. De outra forma, não diria que eu tenho mágoa ideológica... O texto não é nem magoado e nem ideológico. Gravataí não é uma ideologia. É uma cidade. E eu não estou chateado com a cidade, mas com quem mal governa ela. Meu primeiro voto foi para o Daniel e todos os outros também o foram para o 13, inclusive na última eleição. Quem fala no texto é alguém que não tem nenhum comprometimento com o partido, mas tem com a cidade onde meus pais moram e onde eu ainda pago impostos e voto de dois em anos. Nunca me filiei em partido algum e nunca dependi de governo algum para ser alguém na vida. Tive, sim, contrato emergencial por um tempo. Trabalhei na SMEC e na FUNDARC, mas sempre também trabalhei em outros lugares privados. Não tenho nenhum motivo particular para ter mágoas com o PT, mas tenho, sim, motivos de sobra para reclamar das últimas administrações.

Sou um cidadão e é meu dever cobrar dos políticos que receberam o meu voto e o meu apoio. E é isso que eu faço no texto. Tenho um VHS do I FESTIL sob uma lona abaixo de chuva um mês após o Daniel e o Miki terem ganho as eleições de 96. Lembro de participar de peças de teatro no Cine-Teatro ainda em construção. Fui oficinando da FUNDARC, ator, professor e jurado no Festil. Então, dói, sim, ver o descaso com que a cultura tem sido levada nos últimos dez anos. Você não é o culpado por esses dez anos, nem a Rita. Eu sei disso e deixo isso claro no texto quando cito outras épocas, outros governantes, outros diretores. Mas você e ela são responsáveis pelo hoje que será ontem amanhã.

Envergonhe-se, sim, pela realidade atual da sua cidade. Mas assuma o compromisso de não estender a vergonha de hoje para o futuro. Você, a prefeita, o secretariado e os vereadores. Sozinho, eu sei, você não tem poder algum. A não ser não se subjugar por um CC aprisionante que, no fim das contas, talvez não valha tanto a pena assim.

Rodrigo Monteiro disse...

Não acho que você não tenha capacidade para ser um Diretor Presidente da FUNDARC, mas é terrível esse comportamento político do Daniel, que no, fim das contas, é quem ainda manda em Gravataí, em escolher os chefes de departamento não entre os mais capacitados da cidade, mas entre os mais capacitados do seu grupo de apoiadores (grupo esse que muda a cada nova "onda" da política). Isso não é democrático, mas ditatorial. É como se, numa guerra, ao invés de se pensar nos civis, se pensasse no bem estar dos militares.
Mas, enfim, agora você é o Diretor. Então, que faça bem o seu trabalho. Pague as dívidas absurdas que herdaste dos que te antecederam, mas tenha coragem de fazer lembrar a todos de que quem te antecedeu foram justamente os teus companheiros de partido. Tu não estás pagando dívida do Edir, mas do Daniel e do Stasinski. E que o próximo governo petista (porque Gravataí segue sem oposição infelizmente) também não pague as tuas.
Abraços, Rodrigo

Mariana Franciski disse...

Rodrigo, muito obrigada por tua crítica. Sabe que eu acompanho de perto esta situação, e devo lhe dizer que irá piorar. Faço faculdade de música no IPA, e li algumas considerações dos novos "professores de música" que a prefeitura irá colocar. Existe uma lei, e acho que deverá sercumprida CQC, mas sabe como a prefeitura burla algumas obrigações não é?! Beijos,de uma antiga amiga "Joaneti", agora Atriz e Cantora, estudante de música e Art Concept Studio(Israel Quadros).
Mariana Franciski

Rodrigo Monteiro disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

Tânia Ruosas disse...

Concordo plenamente contigo e acrescento que este espetáculo só existe ainda por teimosia e muita insistência dos nossos artistas, principalmente pela teimosia do Paulo Adriane. Como você, me sinto muito triste em ver que todo esforço dos nossos artistas são pouco valorizados e se reclamam (e com todo o direito) são ridicularizados, como se suas histórias não existissem! A perda do FESTIL é a pior de todas! Se as pessoas que detêm o poder soubessem o quanto o Festil transformou e transforma as realidades e projeta um futuro melhor dos cidadãos, nunca deixariam este projeto morrer! Parabéns pela CRITICA TEATRAL!

Tânia Ruosas disse...

Concordo plenamente com o Rodrigo Monteiro e acrescento que este espetáculo só existe ainda por teimosia e muita insistência dos nossos artistas, principalmente pela teimosia do Paulo Adriane. Como você, me sinto muito triste em ver que todo esforço dos nossos artistas são pouco valorizados e se reclamam (e com todo o direito) são ridicularizados, como se suas histórias não existissem! A perda do FESTIL é a pior de todas! Se as pessoas que detêm o poder soubessem o quanto o Festil transformou e transforma as realidades e projeta um futuro melhor dos cidadãos, nunca deixariam este projeto morrer!
Parabéns pela CRÍTICA TEATRAL
Abraço
Tânia Ruosas

Unknown disse...

CARO RODRIGO...PARABÉNS PELO TEXTO, FALASTE TUDO EM POUCAS LINHAS, O PT TEM POR HÁBITO ACABAR COM TUDO QUE FAÇA MAIS SUCESSO QUE SEUS INCOMPETENTES QUADROS, COM ALGUMAS EXCEÇÕES, AGORA QUEREM ACABAR COM A ESCOLA SANTA RITA, QUE ALIÁS GANHOU MUITOS FESTIVAIS, INCLUSIVE O FALECIDO FESTIL. MAS EM 2012, TEREMOS OPÇÕES SIM, BASTA ACREDITAR. OBRIGADO PELAS VERDADES DITAS. LIÉGE

Rodrigo Monteiro disse...

Meldeuz!! A administração enlouqueceu??????

Fernanda disse...

Rodrigo,
Fui tua aluna no Gensa, quando montamos "Sonho de uma noite de verão", também não sei se vais lembrar. Achei teu texto muito bem escrito, e retratando com fidelidade o retrato da cultura na nossa cidade hoje. Se não tivessemos o SESC estariamos jogados às traças.
Triste mesmo em pensar que os estudantes de hoje não podem compartilhar daquele sentimento maravilhoso e daquela ansiedade que todos nós sentiamos quando o FESTIL se aproximava, ou ainda quando podiamos montar nossas esquetes pro Festival.
Fizeste uma baita crítica, com muito argumentos, meus parabéns, mais uma vez.

Rodrigo Monteiro disse...

É claro que eu lembro! Foi um lindo espetáculo aquele, não? E a nossa empolgação... E depois você participando de outros espetáculos com a Joana nos anos que se seguiram... Bueno, agora dá pra entender o quanto é chocante ficar sabendo que nada mais acontece... E não só no teatro... Associação Literária, Clube Literário... Lembro de uma Semana de Arte de Gravataí com exposições de quadros e esculturas lá no Intercity... Enfim! Onde está tudo isso?

Professor Mario Sá disse...

Rodrigo
Na tua resposta para Mariana tu fala que o Sr Sebastião é vereador só pra informar ele não possui este cargo e nunca foi eleito para tal. Fiquei imaginando o comentário dele na defesa da arte e da cultura de nossa cidade, pois o mesmo já produziu cada pérola, inclusive quando achou que o Festival de Esquetes éra de "skate" e perguntou pra produção como iriam colocar a pista dentro do cine-teatro. Absurdo previsível...

Rodrigo Monteiro disse...

Que bom saber disso, Mariana! Claro que lembro de você!!

E, sobre o post, tenho ouvido cada coisa... Uma mais absurda que a outra... Até agora a ganhadora do troféu é a resposta do Sebastião Medeiros, que já foi secretário do do PT: "Comparar nós com aquele governo oligárquico,é falta de conhecimento ou má fé." - diz ele.

Se o PT de Gravataí não é uma oligarquia, então, eu acho que Aristóteles não sabia o que era quando usou a palavra... Vô te dizer! É cada um que aparece...

(Comentário corrigido depois da contribuição do Prof. Mário Sá.)

Unknown disse...

Rapá, os dois primeiros comentários, do responsável pela cultura da cidade, demonstram bem como estamos... Tamulascado!!!

Euclides Bitelo disse...

Uma pena que um espaço para discussão artística se perca em debates ideológicos infrutíferos.

Penso nos atores, que ao ler o texto, terão de filtrar o conteúdo político para extrair alguma coisa. Mas como todo o bom crítico, tu não está preocupado com eles, né?

Anônimo disse...

Poxa! Um diretor de uma Fundação de Cultura que nem se quer escreve corretamente? Meus Deus, onde vim morar?!! E tem como não misturar cultura com política se é a política que destina verbas para a cultura?

Anônimo disse...

Parabéns!!!
Rodrigo Monteiro você tem todas as condições acadêmicas para fazer tal crítica e o melhor conhece o bando de oportunistas que nunca procuraram um emprego na vida! Não sabem o que é isso!!! Revolucionários!!! Juventude do PT! Que nunca lutou por coisa nenhuma!!! Nunca fez uma manifestação contra a Sogil...Estudantes Universitários Sofrem com a precariedade do Transporte Público e eles sabem..opa não sabem...Eles se iam a aula de executivo ou carro!!! Tinham a "tetinha deles" Sem precisar fazer entrevista!
Eu me envergonho com esses pseudo-historiadores hipócritas que lutam pelo ideal de eleger um fulaninho pra mamãe não perder ou ganhar carguinho e o filhinho ser diretorzinho!!! Eles ainda se sentem os revolucionários...risos
E não reclamem de comentar como anônimo...pois sinceramente de amor essa máfia não tem nada! Desculpem a pressa na digitação!!!

Eu tenho vergonha de dizer que morei em Gravatai...

Parabéns Rodrigo você é corajoso!!!..Mas cuidado..essa gente fecha portas...e eles guardam muito rancor ideológico!!!

Anônimo disse...

Infelizmente falta a essa liderança consciência democrática, que permitiu sua indicação para a Diretoria da Fundação, enquanto lhe sobra arrogância prepotência e manieirimos caboclos de péssima fatura. O comentário desqualificado, não causa espanto, uma vez que faz parte da sutil prática dos “companheiros” de tentar desqualificar aos que estão organizados dentro da sociedade civil e são ideologicamente fiéis aos seus princípios, ou seja, aqueles que fazem critica contínua, que não se confundem com personalismo barato. “A vida é bela, que as gerações futuras a limpem de todo o mal, opressão e violência, e posam gozá-la plenamente.” Lion Trotsky

Nataniel disse...

Basta fazer parte da companheirada para conseguir um boquinha , não precisa ter qualificação nem competência !

Anônimo disse...

Olá! Preciso comentar anônima, pois já fui fornecedora da prefeitura e da Fundarc, e quando descobriram que meu marido é filiado a um partido que não o deles, começaram a me boicotar, e não faço mais nehum trabalho para eles. Gostaria de comentar que Gravataí tem oposição sim, o que a oposição não tem é a máquina com muito dinheiro para despejar em vilas, para pessoas sem informação nas vésperas das eleições municipais. Porque é assim que eles ganham a prefeitura, na semana da eleição saem distribuindo dinheiro para aqueles pobres coitados que não tem nada além de um título de eleitor, mas infelizmente não sabem o que fazer com ele, por isso vendem seu voto para o PT. É muito triste ver que além das outras áreas que são responsabilidade do poder municipal, também a cultura fica de fora.
Parabéns Rodrigo, pela sua coragem. Por aqui faltam pessoas com essa coragem.

Rodrigo Monteiro disse...

A oposição acabou em Gravataí quando, na primeira gestão, o Daniel ofereceu cargos para vários apoiadores dos vereadores dos outros partidos. Pouco a pouco, as pessoas se desfiliram nos seus partidos de origem e se filiaram no PT. Sem apoiadores, os vereadores enfraqueceram.

Mas o pior não é isso. Para mim, o pior é o fato de que, quem estava dentro do PT se viu despretigiado por conta dos "novos amigos". Eu nunca fui filiado, mas simplesmente não entendia como os discursos mudavam tão rapidamente. Não interessava se a pessoa era competente ou tinha história. O Daniel precisava do apoio de tal corrente, tendência, partido, então, fazia uma dança das cadeiras e novos nomes surgiam. Não havia, nem há, lugares para todo mundo. Então, para alguém entrar, é preciso que alguém saia. Isso é lógico do ponto de vista da políticagem, mas terrível do ponto de vista da política. Se colocarmos Gravataí como primeira opção, se o teu partido primeiro foi Gravataí e se essa for a tua tendência, então, quem tem que ter importãncia não são os nomes da politcagem mas os nomes bons e competentes da cidade.

Acho que o Sérgio Stasinski é o grande exemplo e foi onde Daniel Bordignon deixou de ser o grande homem que poderia ter sido. Ao final do segundo mandato, por que nõa escolheu Rita Sanco, Valter Amaral ou, sobretudo, Miki Breier (que acabou saindo do PT, uma lástima...) para o suceder? Todos nós sabemos que esses nomes são grandes, valorosos e capazes?? Não. Bordignon, com seu ego imenso, escolheu um nome que ele inventou para que, assim, continuasse sendo o prefeito da cidade mesmo sem assinar.

Agora, depois de toda essa repercussão, fico sabendo que o PT de Gravataí está rachado. E commo não haveria de estar? Quando vi o nome da Rita na campanha, eu pensei que havia tido uma luz na cabeça de Daniel. Rita é da DS, tendência oposta à tendência de Bordignon. O que está havendo agora? Uma luta de forças... Quem sairá perdendo? Gravataí.

Já presenciei outra luta de forças bem parecida com essa, mas, felizmente, em escala bem menor.

Em 2002, se eu não me engano, eu era coordenador de um projeto na SMEC. Valter era o Secretário. Durante meses, eu fazia pedidos no setor de compras em prol da realização dos eventos do Projeto (MOSAICO - um instrumento de organização das ações artísticas que aconteciam nas salas de aula das escolas). Nada acontecia. Os pedidos simplesmente não eram deferidos. Eu não entendia o que estava acontecendo. Eis, que Valter sai da SMEC e Romi assume a pasta. Romi era da mesma tendência de Daniel. De repente, tudo fluia. Os pedidos era atendidos em tempo recorde. Aquilo me deu um nojo imenso. Eu, cada vez mais assumindo turmas em escolas particulares, resolvi sair e me dedicar apenas à sala de aula, atividade que sempre me deu prazer.

Ainda voto em Gravataí. E é com tristeza que eu vejo e leio e escuto tudo isso que tenho visto e lido e escutado. Algo precisa ser feito.

Anônimo disse...

Rodrigo, o projeto MOSAICO é mais um de tantos outros projetos que não ganham continuidade na administração do PT de Gravataí, não por não terem qualidade, pois tu mais do que ninguém sabe o quanto este projeto contribuiu para o desenvolvimento dos alunos e por que não dizer das escolas.
O grande problema é que ao mudar de “mando” as secretarias acabam com os antigos projetos, sem sequer analisar o valor destes, e criam outros, às vezes com poucas diferenças, mais com outro nome. Os grandes pensadores tem que deixar sua marca e fazer com que a história de seu antecessor seja esquecida. Só que na maioria das vezes por trás destes novos projetos, se encontra uma grande maracutaia! Uma forma de financiar “campanhas”. Exemplo disso foi o projeto da SMED "Cantando As Diferenças" que inventava oficinas de artes para receber verbas do governo federal e estas foram parar na conta corrente da Romy. Foi uma grande roubalheira, tanto que a polícia federal ainda está investigando o caso, e para se safar o PT "exonerou" a Romy do cargo de Secretária.
Estranho é que ela não era funcionária da prefeitura de Gravataí e sim, era cedida da prefeitura de cachoeirinha, seu vinculo empregatício é de lá e pela lei ela deveria ter sido exonerada da prefeitura de cachoeirinha, e de lá ela não foi exonerada. O mais estranho ainda é que depois, a mesma foi convidada para fazer parte do governo do Jairo Jorge – PT, prefeito de Canoas.
Será coincidência ou a “companheirada” deu um jeitinho de arranjar uma boquinha pra companheira que parece que deste “desvio” levou bem pouquinho dos mais de cem mil desviados.
Isso é só um exemplo do que acontece a mais de 12 anos de PT na cidade e um fica escondendo o rabo do outro pra não deixar o seu de fora!
Se pesquisares Rodrigo parece que foi exigido, pela direção da Fundarc, que a produção do espetáculo “Paixão de Cristo” fosse feita pela “mãe da filha do Amon”. A produtora tem prestado vários serviços para a Fundarc.
Será que o grande empenho da Fundarc em proporcionar a “Paixão de Cristo” foi meramente incentivar a arte e a cultura local?

Anônimo disse...

Ai preciso complementar: Como uma advogada recém formada ganha o cargo de procuradora da prefeitura? Será pela pouca experiência ou porque as vezes faz umas festinhas com o diretor da Fundarc?? hein?

kiv251103 disse...

Oi
Sou de Gravataí, gostei muito da paixão de cristo, acompanho nos ultimos três anos. Aqui em Gravataí também acompanhei em 2009 o auto de natal e no final de 2010 uma esquete sobre o crack, realmente muito boa.

A paixão é a maior delas claro e se possível seria legal ter mais algumas atrações culturais desse porte na cidade em algum outro periodo do ano

Fifi disse...

Ao autor e seus comentaristas
http://livresassociacoesdafifi.blogspot.com/

Anônimo disse...

A perturbadora relação do PT com a institucionalidade, foi nefasta para o próprio PT.Os velhos militantes abandonaram o partido, já os oportunistas preencheram com avidez as fichas de filiação, ou seja, a adesão foi e é pragmática, como diz o professor de história da Universidade Federal de São Carlos Marco Antônio Villa, em artigo na folha de São Paulo:”A história do PT incomoda o PT.Enquanto os velhos militantes abandonam o partido, os oportunistas preenchem com avidez as fichas de filiação.Não precisam mais da história ou de alguma justificativa ideológica.A adesão é pragmática:querem cargos, poder e, se possível, alguma sinecura.” Entendo que cada indivíduo é responsável é o único sujeito de suas próprias ações, decisões e opções, porém verifico nos comentários, e pela minha condição de cidadão de Gravataí, que vivemos um período anacrônico e ressuscitador das piores práticas stalinistas, ou seja, a livre manifestação do pensamento tornou-se crime, quem reclama por transparência e exige a separação das esferas pública e privada, é desqualificado, caluniado, injuriado e difamado, pela “tropa de choque”, atitude que explica o aburguesamento do próprio PT, que abandonou suas bandeiras históricas, como organização da classe trabalhadora, inclusão dos excluídos, resistência ao neoliberalismo etc. Infelizmente o PT trocou de lado, abandonou o socilialismo, pelo prato de lentilhas da dominação.

Anônimo disse...

Alguem pode por favor me dizer QUEM É Fifi????

Anônimo disse...

O diretorzinho apagou os posts e chamou a irmãnzinha pra defender ele...é muita competência e muito argumento!

Anônimo disse...

Cansativo e Prolixo o texto dessa fifi! Não tem o que dizer...das boquinhas...É a verdade...Reconheça.

Adicsaner disse...

Caro Rodrigo e demais leitores...
Lamento informar, mas Gravataí é uma cidade provinciana ainda. E fatos como os citados só servem pra comprovar isso.
É mais do que sabido que os cargos públicos municipais ocupados pela atual gestão são cedido a partidários da situação. Cargos esses cedidos as ditas "familias influentes" da cidade ou aos correligionários políticos da atual administração sem ao menos levar em conta a capacidade do ocupante do cargo para determinada função. É um jogo de interesses sem regras definidas onde vale tudo para manter as garras no poder sobre a cidade. E nesse jogo, nós os meros e mortais cidadãos Gravataienses somos apenas meros peões que serão manejados, articulados e sacrificados ao bel prazer de quem articula esse jogo. Sacrificando assim nossos direitos a cultura e educação, que hoje não passam de argumentos para sorrateiras manobras políticas nas mãos de nossos representantes eleitos. E para não me prolongar mais nesse comentário finalizo mencionando um trecho da música COMIDA - TITÃS:
"A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte"

Rodrigo Monteiro disse...

"A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte"

Essa música me lembra O HOMEM E A ARTE, esquete teatral produzida pelo GRUPO TEATRAR em 1996, quando as obras do Cine-Teatro Municipal pareciam nunca acabar... A gente apresentou na frente da construção... Marlise Damin e Ronalddo Landal, atores do atual elenco de A paixão de Cristo, estavam nesse espetáculo. Eloá Costa, Odeti Pacheco e Ane Minuzzo eram as demais pessoas do elenco. Paulo Taboada assinava a direção. (cá pra nós, a peça era horrível!, mas cumpria uma função social importante naquele momento... naquele momento tão parecido com agora...)

Anônimo disse...

Fantástico o post. Sintetiza bem a "pequines" do diretor da Fundarc que se torna uma entidade sem sentido nenhum. Saber escrever ou se defender e ter a decência de manter o que foi respondido é o mínimo que se pode exigir de alguém à frente de um cargo público.
O texto publicado pela tal Fifi é pátético. Pensam pequeno e agem como se pensassem grande.
Demoliram o Cine Teatro, acabaram com tudo de bom que existia na cidade, e sou capaz de acreditar que todo o equipamento de som e vídeo do Cine Teatro é capaz de ter sido "perdido".
Me dá vergonha de ter criaturas deste naipe na cidade que tanto adoro. Parece que a atual administração odeia a cidade e quer acabar com tudo, da cultura até o meio ambiente.
Parabens Rodrigo pelo excelente texto. Bom ver alguém escrever o que pensa.
Leonardo

LE´TCIA SEEGER disse...

Que bom te ver Rodrigo.Fizemos" O Terrível Senhor Complexo" pela Escola Adriano Ortiz,em 98.
Faz um tempo em que me sinto uma visitante nessa cidade,como se a cidade e as boas oportunidades estejam disponiveis e divulgadas somente para o pessoal da política ou quem está no meio artístico atualmente.Tornou-se algo errado e virou costume,que quem quer iniciar no meio artístico não saiba onde ir e quem quer voltar éstá a mil em busca de sentir aquele ar de arte e cultura ao qual me conheci como atriz.falando nisso,o que será o quiosque da cultura?estou com esperanças de desta vez conseguir trabalhar no setor cultural da cidade.Tenho tantas idéias que vão mexer essa cidade das desigualdades e injustiças pois para conseguir vaga em alguma associação,a condição é que de apoio politico,fazer campanha,bandeiraço,panfletar,em finais de semana e feriados obrigatóriamente mesmo sendo contra esse partido manupulador de e pior ainda,os funcionários serem induzidos a se filiar ao partido e comprar convites de aniversário do prefeito,caso contrário:demissão.É UMA VERGONHA!!!!

Anônimo disse...

É inevitável ler e nada comentar. Lamento pela falta da verdade nas postagens de anônimos que tratam as coisas com banalidade.
A professora Romi foi "banida" de Gravataí onde era professora concursada desde 1990. Foi exonerada para silenciar sobre muitas situações estranhas ao seu comportamento.Sua demissão deveria servir de exemplo aos demais secretários e assessores quando desviam-se do caminho trilhado por Eles.
Fui tua colega, Rodrigo, por um curto tempo trabalhamos juntos, na SME, que sempre com muito entusiasmo defendeu a arte e a cultura nos espaços escolares com apoio do ex secretário Valter e logo depois da Secretária Romi.
Entristeço-me ao ler sobre o Projeto Cantando as Diferenças que ainda está vivo mesmo o PT não entendendo. Acompanho no google o seu trajeto. A professora Romi está respondendo por recursos públicos que não foram aplicados nas campanhas políticas como parecia ser a rotina da época. Reduzir a um comentário infame é faltar com a verdade.
Todos sabem o que acontece com um secretário que não reza a cartilha do PT tampouco de seus governantes. Se não sabem deveriam se informar sobre a relação da ex secretária com a partido em Gravataí. Pois bem, o que restou de nosso maravilhoso e melhor secretário de educação de Gravataí, Valter? Pois é, este deveria estar peleando junto aos movimentos que sempre defendeu e militou.

Rodrigo Monteiro disse...

Dias 03 e 04, haverá a Conferência de Cultura. Acho válido todos participarem.

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