5 de fev. de 2010

Larissa não mora mais aqui


Foto: Betânia Dutra


Pessoas. Construção.

O Jornal de Teatro (nº 17 – Janeiro de 2010 – p. 8) pergunta para Bárbara Heliodora, sobre quem dispensa apresentações:

“Você tem que ter um amor imenso pelo teatro para fazer críticas sobre ele”. Explique essa frase sua. 

E ela responde:

Você não pode imaginar como é cansativo ver um número imenso de espetáculos ruins, como acontece com o crítico que tenta ficar o mais possível em dia com o que está acontecendo na sua cidade, o Rio, que é pobre em número deles, espetáculos totalmente despreparados, sem um mínimo de competência, embora chamem a si mesmos de profissionais. É preciso amar muito o teatro para não desistir.

E, agora, falemos de “Larissa não mora mais aqui”.

Decepcionante.

O espetáculo com a divulgação mais massiva a que eu já assisti leva o público ao teatro através de uma publicidade mais que intensa: blog, twitter, Orkut, facebook, pichações (“Larissa doen’t live here anymore” no banheiro do Cabaret), camisetas, adesivos, lambe-lambes e váááários vídeos no youtube. Bom seria se atendesse a ela apenas os familiares, amigos, BFFs e namoradas(os) dos atores e atrizes que, animados pela promissora (e prometedora!) carreira do amigo e/ou assemelhado, dar-lhe-ia tapinhas nas costas e desejaria sucesso. Não é o meu caso. Nem, por exemplo, da senhora que estava o meu lado quem, como eu, esperava ansiosamente pelo fim do espetáculo.

Não. Não se tratam de atores ruins (apesar da dicção problemática), de figurinos ruins, de luz e trilha ruins. O diretor é o Júlio Conte e isso, como foi dito sobre Bárbara Heliodora, dispensa apresentações. Tratam-se se atores sem experiência suficiente para sustentar toda a imagem que construíram em cima de seu próprio trabalho. Provavelmente, há muita coisa interessante para ser descoberta com o tempo em seus corpos artísticos e em suas carreiras, mas o que foi mostrado até agora é muito pouco para cobrar R$ 20,00, exatamente o mesmo valor que os outros espetáculos em cartaz no dia (“A comédia dos erros”, “Médico à força”, “Apareceu a Margarida”, “Vestida do avesso”, só para citar alguns, além de “Bailei na Curva”, cujo valor de ingresso passa por esse também.)

“Larissa não mora mais aqui” se apresenta da seguinte forma:

O Grupo Teatral Conta pra Ele invade a cena da cidade capitaneados pelo autor, diretor Júlio Conte (de Bailei na Curva, Se Meu Ponto G Falasse e O Rei da Escória) para contar a história do edifício Comendador Siqueira, criado nos anos 50 como último grito na construção civil. Elevadores com pantográficas, recepção com amplos arcos e grandes corredores, quartos imensos e pé direito alto marcaram o uso exorbitante dos espaços. Mas se criou em torno pequenas favelas para albergar a mão-de-obra necessária para manter tanto luxo. Aos poucos a decadência toma conta, o mar de favelas cresce em torno, os aluguéis caem e os novos inquilinos tentam manter a dignidade de suas vidas nos dias de hoje. A história dos últimos moradores do edifício combina com um retrato social da nossa sociedade, ilhada, oprimida, falida, moralmente indecisa e assustada.

Assistir à peça esperando para ver isso justifica, entre outras coisas, a decepção. Como em quase todas a peças de Júlio Conte (só lembro de "Se meu ponto G falasse" como exceção), não há cenário, portanto, nada de arcos, pés direitos e imponência na arquitetura dos anos 50. O palco está marcado com divisórias de dois apartamentos, dois estreitos corredores e um elevador, cuja imagem fica clara se eu citar o cenário do filme Dogville. A decadência do lugar em oposição ao tempo em que foi construído também não se vê. Há uma rápida cena de passagem das décadas em que os atores trocam de roupas e sentimos a moda se modificar. Nada além. Todo o tempo restante é ocupado pela narrativa contemporânea, o último ano do edifício Siqueira Campos. Quanto ao que se diz sobre a história dos últimos moradores, essa, sim, você encontrará com facilidade.

A dramaturgia de ‘Larissa não mora mais aqui” é visivelmente uma colagem de cenas construídas num processo de improvisação. Diferente de outros espetáculos de Júlio Conte em que a liga das cenas é a passagem trágica do tempo (“Bailei na Curva” e “Se meu ponto G falasse”) ou a relação inevitável entre os personagens (“Pílulas de Vatapá” e “Dançarei sobre o teu cadáver”), aqui o que une as cenas é o Edifício Siqueira Campos, que não é visto, cuja história não é contada, e que só serve como espaço cênico e nada além. Para deixar bastante claro a quem me lê, o edifício não é o protagonista da história e, portanto, não tem força para ligar cena alguma. Em “Titanic”, o navio é o protagonista. Em “2012”, os efeitos valem muito mais do que qualquer outra coisa. Em “Bailei”, o tempo que passa e, nesse passar, produz e conserva feridas, é o personagem principal. Dizer que o Edifício Siqueira Campos modificou a vida dos seus moradores é algo que não basta. E fica-se esperando o tempo inteiro a vinda do teatro para mostrar o que é dito. E não vem. Sai-se com a conclusão de que, sim, você pode até gostar do lugar onde mora, mas dizer que o prédio modifica a sua vida e te faz uma pessoa melhor, é um pouco demais. Um pouco que poderia ser modificado, mas que não é.

Há dois momentos em que, em se tratando da obra como um todo, é possível ver um uso profissional do que o teatro oferece a quem se propõe a se expressar através dele.

a) Bolas de Ping-pong: Os moradores vão sair do prédio pela venda dele a uma empresa que o demolirá. Ao derramar baldes de bolinhas pelo palco, somos convidados a não ver as bolinhas, mas as pessoas, nós mesmos, quicando cidade a fora, mudando de um apartamento a outro, de um lugar a outro, de um bairro a outro sem criar raízes. Assim como os Conte e os Acurso não moram mais lá, os moradores do Siqueira Campos também não. Eu não moro na casa onde nasci. Nem na casa onde passei a adolescência. Até quando morarei aqui?
b) Implosão: O prédio cai e o prédio são seus moradores. Embora durante toda a (quase interminável) peça, nada fora mostrado a respeito, a frase é forte porque remete ao fato de nós, seres humanos, vivermos em comunidade. Júlio Conte expressa o desabamento colocando os atores em fila e fazendo com que, uma a uma, as cabeças vão caindo sobre os ombros do colega da frente. Cai o corpo, por fim, ao chão. Desce, então, a rotunda, mas apenas o suficiente para o sentido se estabelecer: ato contido como sempre se estabelece a direção de Conte. Um fim não menos que belo, inteligente, teatral.

Sobra no espetáculo a falta de concepção que una as opções cênicas, assim como uma dramaturgia consistente que una as cenas. Alguns atores são contidos, expressando (e agradando) mais pela presença do que pela máscara cômica, a que pouco recorrem. São eles Thiago Tavares (Rafinha), Emílio Farias (Josky), Ramon Silvestri e Gisele De Santi (casal de alcoólicos), Eder Santos (Delegado Peçanha) e Luana Zinn (Larissa). Os demais sustentam construções caricaturizadas que, muitas vezes engraçadas, não se estabelecem porque não concordam (e teatro realista PRECISA de coerência porque depende de verossimilhança) com o figurino usados, com a trilha utilizada e nem com o desenho do espaço. Fico me perguntando se a opção pelas máscaras (a bicha, o machão, a freak, o certinho...) não foi uma tentativa de reutilizar os acertos dos outros espetáculos da marca Conte. Se foi, foi um engano. “Pílulas de Vatapá” não têm máscaras. “Bailei na curva” e “Dançarei sobre o teu cadáver” usam as máscaras apenas como simulacro, uma vez que num a passagem do tempo é o mais forte e noutro a relação cada vez mais profunda entre os personagens protagoniza. Em “Se meu ponto G fasse”, a máscara é construída para ser desconstruída e reconstruída na sequência e, nisso, se baseia a contagem da história: a cada fase, uma nova mulher. Daí o fato dispersivo das máscaras em Larissa: distrai, tira o foco para o talento que não foi desenvolvido, o que não existe, o que existe num, mas não noutro.

Os piores momentos de “Larissa não mora mais aqui”, além da operação de trilha sonora e de luz serem bruscas em vários momentos, causando o estranhamento, são também dois:

a) A faxina de Alfa: o uso da terceira pessoa do discurso não se mantém. O personagem ora se refere a ele mesmo como outro, ora como “eu.”. Acaba funcionando como mais um floreio da dramaturgia ruim.
b) O discurso de encerramento: o último suspiro na tentativa de fazer entender que era a proposta ser do Edifício o protagonismo. Além de piegas, é nada além de cansativo.

Larissa só é destacada porque seu nome está no título do espetáculo sem protagonistas que esteve aqui e não está mais apesar de toda a divulgação que segue colocada na cidade. Mas o espetáculo é as pessoas que o construíram e que, eu espero, construirão outros, alguns bem importantes, outros nem tanto.

Um ator realmente capacitado em sua profissão pode optar por qualquer tipo de repertório, seja ele experimental ou realista. Mas se ele não domina a essência de seu ofício, seu potencial ficará sempre reduzido.(BH)

*

Ficha Técnica:
Texto e Direção: Júlio Conte
Assistência de Direção: Eduardo Mendonça
Elenco: Alessandro Peres, Catharina Cecato Conte,
Claudia Sehbe, Eder Santos, Emilio Farias,
Gigio Comunello, Gisele De Santi, Jaqueline
Pegoraro, Luana Zinn, Luiza Duarte,
Mariana del Pino, Pingo Alabarce,
Rafael Albuquerque, Ramon Silvestri, Renata
Sbroglio, Saulo Aquino e Thiago Tavares

11 Comentários:

Eduardo Mendonça disse...

Opinião é opinião. Enfim, mais um texto bem escrito, Rodrigo. Gostaria de fazer uma correção. O nome do edifício é Comendador Siqueira e não Siqueira Campos.

Discordo de ti em diversos pontos do teu comentário, os quais não vou detalhar aqui. Porém me incomoda que tu peça as pessoas para não irem ao teatro. Em um dos teus textos tu pede isto com a palavra e, lendo outros, vejo tu desencorajando e desvalorizando o trabalho de uma nova geração que está movimentando a cidade e levando gente aos teatros mal ocupados de Porto Alegre.

Que bom! Que bom que a gurizada está no Porto Verão Alegre! Que bom que eles lotam teatro. Que bom que estão te dando espaço como crítico do festival! E que legal as pessoas pagarem R$ 20 para assistir. Ainda acho pouco. Neste aspecto, não entendo teu comentário, já que tu não pagou. Diferente da senhora do teu lado, não vi pessoas incomodadas. Vi pessoas felizes por verem uma gurizada tomando conta do Renascença e experimentando ideias.

Sim, o espetáculo está em construção e, acho que tu percebe isso. A busca ainda está acontecendo, como foi no Bailei, Pílula, etc. Em todos.

Decepção com a falta de protagonista e incoerência de pronomes? Decepção com a divulgação massiva? Decepção por o espetáculo ter conquistado espaço na cidade? Decepção pelo "Larissa" ter ensinado a centenas de pessoas o endereço do Centro Municipal de Cultura?

Decepção pra mim tem outro sentido.

Decepção é ver os teatros da Prefeitura sendo sub aproveitados. Decepção é saber que existem 1.700.000 pessoas em Porto Alegre e não se consegue lotar uma sessão.

Ou não se conseguia.

Com o frescor e a vontade dessa gurizada talvez esse panorama mude.

Os protagonistas estão aí, bem na nossa frente!

Vendo e participando da construção do "Larissa não mora mais aqui" cada vez mais eu vejo que "NÓS, NÓS SOMOS O EDIFÍCIO!"

Grande abraço,

Eduardo Mendonça

PS: A Bárbara Heliodora é uma chata.

catharina oliveira disse...

gosto e que nem cu. cada um tem o seu.
mais um ditado bacana: quem ladra nao morde. mas gastar tempo convencendo as pessoas a nao ir no teatro... bem porto alegrense, um tentando sucumbir o outro. bem o que ja foi falado. que bom que teatro esta sendo feito em porto alegre! rio de janeiro, los angeles, paris, londres. pessoas pagando dolares e dolares para ir no teatro ver os melhores atores e a gente se contentando com 3 reais aqui. que bom que as pessoas estao indo no teatro! se gostaram ou nao, pelo menos muitos do que viram larissa tiveram a sua primeira experiencia de ir ao teatro. entao, relaxa a periquita, agradece qiue teatro esta sendo feito em porto alegre e mais! contribua para que ele ocorra. isso e o mais importante. nao gostou, nao gostou. pacience. mas lembre, criticar sem arriscar-se... nao tem poder algum.

Bruna Andrade disse...

Sabe Rodrigo, essa tua tão extensa e destrutiva crítica, me remete ao ano de 1917.
Mais precisamente a data de 20 de Dezembro.
Nesse dia, o respeitado autor Monteiro Lobato resolveu, sem fortes razões, criticar duramente a exposição da jovem e desconhecida pintora Anita Malfatti.
Se nós dois não conhecêssemos essa história, imaginaríamos que o artigo acabou com qualquer chance de sucesso da jovem, não é?
Mas o que aconteceu foi exatamente o contrário, os leitores, e aqueles que já tinham em si o tino modernista ficaram extremamente curiosos para conhecer o que, afinal, havia tirado de si o autor.
E esse artigo, sem grandes pretensões, se não a de atacar o modernismo, resultou cinco anos mais tarde, na aclamada Semana de Arte Moderna.
Monteiro deu a gota que lhes faltava.


- Não era nada pessoal, Rodrigo. Ele só não estava preparado para as mudanças de perspectiva propostas pelos modernistas. (Mas o Brasil estava.)


Vejo em você um velho Lobato, através dessa crítica.
Exagerada e; portanto, instigante.
Mas entendo seu ultrapassado ponto de vista, ainda que, de forma alguma, concorde. É realmente complicado para quem está acostumado ao conforto do Teatro Clássico, com todo seu tempo, ação e espaço, ver, repentinamente, um grupo de jovens e desaforados atores transformar Porto Alegre em um palco publicitário e levar centenas de pessoas ao Renascença para saborear o mais recente grito do teatro modernista da capital gaúcha.
Esse teatro Rodrigo, sem cenário, sem protagonistas esfregados da cara do espectador, sem o menor respeito às unidades teatrais. Esse teatro eufórico, renovado e vicentinamente MODERNO.

Espero mesmo que o teu blog tenha muitos leitores, e que tua crítica tenha décimos da repercussão do artigo lobatiano.
Isso já seria o suficiente para fazer da próxima temporada de ‘Larissa não mora mais aqui’, mais uma vez, um sucesso de público.

- Se você não está preparado para conviver com a nova face do teatro, meus sentimentos, porque o público porto alegrense está.

Anônimo disse...

Caro Rodrigo, sou leitor assíduo do teu blog, diferentemente da coluna do Hohlfeldt, ainda bem que não é atualizada apenas na sexta-feira. Não concordo com a crítica que fizesse ao "Larissa", assisti, paguei R$ 20 e o faria novamente.
Gosto do trabalho do Jùlio e amo ver jovens no palco,e as coisas que não me agradaram no espetáculo era em um nível muito menor do que me agradou.
Agora lendo, vejo que os jovens estão se defendendo de sua crítica.
e cometendo alguns absurdos! Claro que o ator tem que ter uma certa vaidade, defender seu trabalho e se valorizar. Mas escrever coisas como: "Larissa" ter ensinado a centenas de pessoas o endereço do Centro Municipal de Cultura?" de Eduardo Mendonça e "o mais recente grito do teatro modernista da capital gaúcha" de Bruna Andrade.
Mostra que se não são bons atores, tem talento enorme para a comédia, pois essas frases fazem tremer de rir.
Um pouco menos tá gente? E sucesso para vcs, um pouco de humildade e estudo sempre ajudam na formação de um ator.
A Cidade ama o trabalho de Julio Conte e se vcs fizerem direitinho sua parte, amarão vcs também!

VELHO TEATREIRO

Rodrigo Monteiro disse...

Olá!

Acho essencial que haja discordâncias. E básico também que seja lembrado que não escrevo para agradar ninguém, tampouco destruir. Muito menos os jovens talentos, de quem já falei muito bem aqui em outras críticas... Não acho que seja esse o papel da crítica que para mim é, antes de tudo, divulgar um ponto de vista pessoal do espetáculo em questão. E repito: do espetáculo em questão e não das pessoas que nele trabalham (que mania de confundir!)

É natural que o assistente de direção (Eduardo Mendonça) não concorde, assim como demais pessoas do elenco. Também eu não gosto quando falam mal dos meus textos, embora procure entender que são também pontos de vista pessoais e que merecem respeito. E pontos de vista sobre meus textos que, às vezes acalorados, procuro não permitir que atinjam a mim e, sim, ao blog. Com exceção dos comentários com palavrões, tenho aceito todos os que chegam a mim e refletido sobre todos eles pelos quais agradeço. Penso que é assim que se constróem as relações, nem sempre com elogios e palmas, mas com a presença fiel da sinceridade e da franqueza.

Estou com duas críticas em atraso. Meldeus!

Abraços!

Anônimo disse...

Como não tenho blog, postei na opção anônimo, me chamo Paulo Agusto Coelho e-mail paolokoelho@hotmail.com
abraços!

Anônimo disse...

Pois eu vou concordar também a respeito da necessidade das discordâncias. Mas acima de tudo me manisfesto a favor deste velho teatreiro que eu sinceramente espero que os demais citados leiam e reflitam a respeito, principalmente onde ele diz "um pouco de humildade e estudo sempre ajudam na formação de um ator." Acredito piamente que Julio Conte diria isso também. Até porque, o que me parece óbvio, toda essa postura preconceituosa em relação a outras formas de teatro (gêneros, estilos, linguagens) não deveria vir exatamente de uma nova geração. E como também citou o velho teatreiro: "um pouco menos tá gente?". Quem dera isto tudo fosse uma semana de arte moderna surgindo... Ah sim, e só para encerrar, concordo que gosto é (com acento) que nem cu, cada um tem o seu (graças a deus). Porque a unanimidade é burra. E vê-se bem que cachorro que late, não morde.

E não, não vou inventar nenhum nick, porque não é minha intenção enfrentar ninguém. Apenas expor minha opinião e esperar (humildemente) que palavras de quem frequenta teatro (de todos os tipos e sem preconceito) possam fazer a "gurizada" refletir.

Abraço e boa sorte a todos

Bruna Andrade disse...

Só para deixar claro, sou apenas espectadora, não atriz.

Céli Palácios disse...

Pois eu concordo com tudo o que o Rodrigo disse sobre o espetáculo. Pra mim, "Larissa não mora mais aqui" tinha tudo pra ser uma baita peça - e tem bons momentos, acho que o elenco pode ser um pouco irregular, mas não ruim - e não é. O texto tem boas tiradas, mas parece uma colcha de retalhos mal costurada. Só discordo veementemente de uma coisa: Bárbara Heliodora não dispensa apresentações. Ela é uma crítica de teatro que trata o espetáculo como se fosse um apêndice da literatura; ignora sua textura, sua concretude. Ela escreve críticas em O Globo, do Rio de Janeiro, e, por ser assinante desse jornal e frequentadora dos teatros dessa cidade - onde moro - me sinto muito à vontade pra dizer: ela é uma chata de galocha.

Abraços,
Céli Palácios.

Anônimo disse...

sobre a crítica desta peça.. concordo com o Rodrigo em tudo.

Iuri Wander

Diego Lluch disse...

Por que destilar comentários tão ácidos Rodrigo?!?

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