Dois Idiotas
Olá, Jeffie!
Tudo bem com você? Espero que sim! Estou te escrevendo porque assisti a uma peça tão boa no último findissemana... Sim! Justo no dia da criança... Estava um mormaço daqueles, nublado, ar pesado, dia feio! E, além de tudo, um domingo de feriado: tem coisa mais desanimadora do que isso? Um feriado cair num sábado até vá lá, mas logo num domingo!! Enfim, fui! E você deveria ter estado lá também, amigo...
É a adaptação, ou tradução, ou transposição (depende do teórico...) de Ruth Rocha para o teatro. Chama-se “Dois Idiotas”. E é uma historinha bem simplinha: dois idiotas, cada um vizinho do outro, que brigam o tempo inteiro, sem pausa, mas com amenidades vezenquandeiras, sem motivo específico algum. Eles se identificam enquanto personagens enquanto brigam. Se pararem de brigar, deixam de ser quem são. Entende?
Na verdade, é uma peça bem boba. Mas dentro da palavra boba, está a palavra BOA. A produção, e isso não é tão comum assim, é muito bem cuidada. Você, Jeffie, não encontraria lá um barril de qualquer jeito, uma casaca qualquer, um chapéu aleatório. Não! Temos a impressão de que tudo foi pensadinho, foi pesquisadinho, foi planejadinho. E se alguém pensa que inho é depreciativo, então, deveria olha para seus próprios filhos ou sobrinhos e pensar porque, às vezes, chamamos as crianças de criancINHAS. Apenas porque são pequenas, ora essa! Sim! INHO e INHA é um sufixo de diminuitivo e tamanho é um dos fatores comuns que justificam o uso desse adjetivo. Não tem nada a ver com qualidade.
A peça é pequena, é curta. Tem 45min! E o nosso envolvimento com ela é curto também. Não é para pensar, se identificar, refletir, aprender. É para divertir. E a diversão é tão boa que a gente acaba Identificando as grandes nações que brigam sem pausa por suas próprias vaidades financeiras, Pensando sobre quantas vezes enchemos o saco do vizinho sem motivo, Refletindo sobre como é bom quando a ingenuidade era maior do que a adultez e Aprendendo que isso tem que fazer mais parte da nossa vida do que, talvez, venha fazendo... Os dois atores pesquisaram em Chaves e em Chapolim, em Chaplim, em o Gordo e o Magro, em Os Trapalhões e por aí vai... E existe alguém que não sorria ao ver esses personagens em cena nas suas repetições, nas suas caras e bocas, no seu raso de sempre a nos dizer que a vida é cíclica e que o mundo dá voltas e de novo volta ao mesmo lugar? Se, em alguns momentos, as crianças só sorriram é porque havia muitos adultos presentes. Mas fiquei imaginando uma platéia só de crianças... Nossa! Um gargalheiro certamente deve acontecer!
A trilha sonora é um espetáculo a parte, sem dúvida! Há um pianista em cena que narra a história com o texto de Ruth e com várias músicas conhecidas. Até Psicose entra na jogada! É realmente um ótimo divertimento.
Tudo bem com você? Espero que sim! Estou te escrevendo porque assisti a uma peça tão boa no último findissemana... Sim! Justo no dia da criança... Estava um mormaço daqueles, nublado, ar pesado, dia feio! E, além de tudo, um domingo de feriado: tem coisa mais desanimadora do que isso? Um feriado cair num sábado até vá lá, mas logo num domingo!! Enfim, fui! E você deveria ter estado lá também, amigo...
É a adaptação, ou tradução, ou transposição (depende do teórico...) de Ruth Rocha para o teatro. Chama-se “Dois Idiotas”. E é uma historinha bem simplinha: dois idiotas, cada um vizinho do outro, que brigam o tempo inteiro, sem pausa, mas com amenidades vezenquandeiras, sem motivo específico algum. Eles se identificam enquanto personagens enquanto brigam. Se pararem de brigar, deixam de ser quem são. Entende?
Na verdade, é uma peça bem boba. Mas dentro da palavra boba, está a palavra BOA. A produção, e isso não é tão comum assim, é muito bem cuidada. Você, Jeffie, não encontraria lá um barril de qualquer jeito, uma casaca qualquer, um chapéu aleatório. Não! Temos a impressão de que tudo foi pensadinho, foi pesquisadinho, foi planejadinho. E se alguém pensa que inho é depreciativo, então, deveria olha para seus próprios filhos ou sobrinhos e pensar porque, às vezes, chamamos as crianças de criancINHAS. Apenas porque são pequenas, ora essa! Sim! INHO e INHA é um sufixo de diminuitivo e tamanho é um dos fatores comuns que justificam o uso desse adjetivo. Não tem nada a ver com qualidade.
A peça é pequena, é curta. Tem 45min! E o nosso envolvimento com ela é curto também. Não é para pensar, se identificar, refletir, aprender. É para divertir. E a diversão é tão boa que a gente acaba Identificando as grandes nações que brigam sem pausa por suas próprias vaidades financeiras, Pensando sobre quantas vezes enchemos o saco do vizinho sem motivo, Refletindo sobre como é bom quando a ingenuidade era maior do que a adultez e Aprendendo que isso tem que fazer mais parte da nossa vida do que, talvez, venha fazendo... Os dois atores pesquisaram em Chaves e em Chapolim, em Chaplim, em o Gordo e o Magro, em Os Trapalhões e por aí vai... E existe alguém que não sorria ao ver esses personagens em cena nas suas repetições, nas suas caras e bocas, no seu raso de sempre a nos dizer que a vida é cíclica e que o mundo dá voltas e de novo volta ao mesmo lugar? Se, em alguns momentos, as crianças só sorriram é porque havia muitos adultos presentes. Mas fiquei imaginando uma platéia só de crianças... Nossa! Um gargalheiro certamente deve acontecer!
A trilha sonora é um espetáculo a parte, sem dúvida! Há um pianista em cena que narra a história com o texto de Ruth e com várias músicas conhecidas. Até Psicose entra na jogada! É realmente um ótimo divertimento.
Há algumas exceções, amigo Jeffie. Mas estou certo de que, se você for lá ver, conseguirá fechar os olhos para esses pequenos detalhes... O pianista é muito bom, mas fala muito alto! E até meio assustador, sabe? E a luz não contribui tanto pra história como faz a música, os figurinos e a maquiagem. Bom, há que se levar em consideração de que o teatro é equipado com lâmpadas pares que só banham o palco sem favorecer tantas coisas que poderiam ser destacadas ali. É uma pena!
Então, Jeffie, sugiro que você vá assistir à peça. E escrevi essa carta para isso e também para te desejar, atrasado, um feliz dia da criança. O Zé Adão Barbosa, diretor, me fez sentir saudades do tempo em que eu era criança e escrevia cartas para as pessoas de que gostava. Só não escrevi essa cartinha à mão porque acho que não sei mais fazer isso. E você?
Meus beijos e abraços para sua família. Que tal um jogo de taco num domingo qualquer?
Abraços, do amigo Rodrigo.
1 Comentário:
Oi, Rodrigo!
Tudo bem contigo? Comigo está tudo bem. Acabo de comer um sanduíche e tomar uma xícara de café e, claro, pela manhã, junto com a primeira refeição do dia, sempre acompanha um Outlook Express... Corri para abrir a cartinha que me escrevestes... Ufa! Fiquei tranqüilo por não ter nenhuma péssima notícia... Até porque estou pensando em ir assistir a tal pecinha, mas naquele sábado havia ido a uma festinha, tomado muita cervejinha, e acabei tirando um soninho e perdendo a hora... Se tu tivesses passado aqui em casa antes, batido palmas na frente do portão, certamente eu acordaria e te acompanharia, e poderíamos ter jogado aquela partida de taco... Obrigado pela cartinha! Fazia tempo que não recebia uma fora do formato eml. Sabe o que é isso? Depois te ensino... Saudações à família! Bjs e abs pra ti!
Do amigo, Jeffie.
Porto Alegre, 16 de outubro de 2008
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